Ossos longos, ossos chatos, ossos curtos, ossos irregulares. O osso é uma estrutura exclusiva dos animais vertebrados - a única que lhe sustenta o corpo e apoia os músculos para o movimento. É osso o que protege cada órgão vital do nosso corpo: o crânio protege o cérebro, as costelas, o coração. SUB-STANTE.
quinta-feira, dezembro 01, 2011
sábado, julho 16, 2011
quarta-feira, julho 06, 2011
terça-feira, junho 28, 2011
segunda-feira, junho 27, 2011
sexta-feira, junho 17, 2011
Admirável mundo nético

Musiquinha de sexta
segunda-feira, junho 06, 2011
A beleza ousada e surpreendente, a poesia

terça-feira, maio 31, 2011
Coisas do 28 e outras coincidências bonitas - 9
sábado, maio 28, 2011
sexta-feira, maio 27, 2011
The Letter

Like draggled fly's legs,
What can you tell of the flaring moon
Through the oak leaves?
Or of my uncertain window and the
bare floor
Spattered with moonlight?
Your silly quirks and twists have nothing
in them
Of blossoming hawthorns,
And this paper is dull, crisp, smooth,
virgin of loveliness
Beneath my hand.
I am tired, Beloved, of chafing my heart
against
The want of you;
Of squeezing it into little inkdrops,
And posting it.
And I scald alone, here, under the fire
Of the great moon.
terça-feira, maio 24, 2011
segunda-feira, maio 23, 2011
Eucanaã encontra Sophia

Lisboa, 2001
Desde que li, pela primeira vez, a sua poesia, o nome de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919- 2004) instalou-se em mim como a visão de um mar novo, de uma natureza bela e incorrupta. Meu ideal de uma escrita clara e vertical, lírica e lógica, alimentou-se durante muito tempo e exclusivamente de sua obra, fundada como um gesto de libertação dos limites de tempo e espaço, bem como de superação do aprisionamento dos nomes e da descontinuidade dos corpos.
No meu “Livro Primeiro” (1990), além de um poema dedicado a Sophia -que remete às imagens e ao ritmo de seus versos-, a presença dela está onde poucos a reconheceriam: na capa do livro, por exemplo. Eu próprio a esbocei a partir de uma antologia sua publicada pela Figueirinhas, de Lisboa, na sua quinta edição, em 1985. A disposição interna dos poemas e da numeração das páginas no “Livro Primeiro” obedecem ao mesmo modelo. E, por fim, o próprio título, que me pareceu justo para um livro de estreia, veio-me por causa de Sophia, de seu “Livro Sexto”.
Mais tarde, incluí em “Martelo” (1997) um poema que se chama “O Nome do Poeta” e que tem como último verso apenas isso: “Sophia de Mello Breyner Andresen”.
Ouvira de meus amigos portugueses vários episódios acerca da mulher bonita e elegante, encantadora e um bocado desligada, conhecida por seus imensos atrasos; mas também não faltavam histórias que ilustravam sua coragem como ativista política em plena ditadura salazarista, quando ajudou a fundar a Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, ou depois da Revolução de Abril de 1974, quando foi deputada da Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.
Foi uma grande alegria tê-la conhecido pessoalmente no dia 7 de outubro de 2001, na célebre casa da Travessa das Mónicas, no bairro da Graça, em Lisboa. Em meio à conversa, ela volta e meia se recordava de algum amigo brasileiro -Manuel Bandeira, Murilo Mendes, João Cabral de Melo Neto- e lembrava-se de que haviam morrido. Então, as lágrimas mal se sustentavam nos olhos, uns olhos grandes, claros, ao mesmo tempo doces e agudos. Mas o que mais me impressionou em Sophia é o mais difícil de explicar: não havia qualquer descontinuidade entre o que falava e o que escrevera.
Exatamente isso: falava como se estivesse escrevendo versos. Dizia coisas como “trago o terror e trago a claridade”, ou “o bater do meu coração sustenta o ritmo das coisas”, e, enquanto me servia chá, talvez tenha dito: “Vê como os gestos se esculpem em geometrias exatas do destino.” Tudo era absolutamente natural e verdadeiro, cotidiano e límpido.
Contou-me que, quando nasceu, o pai adentrou o quarto com os cães e os apresentou a ela. “Gosto de ouvir o português do Brasil”, disse-me, como se recitasse o primeiro verso do seu “Poema para Helena Lanari”: “Gosto de ouvir o português do Brasil/ Onde as palavras recuperam sua substância total/ Concretas como frutos nítidas como pássaros/ Gosto de ouvir a palavra com as suas sílabas todas/ Sem perder sequer um quinto de vogal// Quando Helena Lanari dizia o ‘coqueiro’/ O coqueiro ficava muito mais vegetal”.
Contou-me ainda que sua filha, Maria, estava de partida para o Rio de Janeiro e pediu-me que eu procurasse por ela, porque todos os seus amigos – repetia como se, de repente, se lembrasse outra vez e se espantasse e se comovesse – haviam morrido. Longas pausas pontuavam suas perguntas, seu interesse por mim, pelas coisas, seu modo de dizer “nós não sabemos ao certo como nos marcaram as coisas que verdadeiramente nos marcaram”.
Foi um amigo comum, Gastão Cruz -outro grande poeta português-, quem me levou a ela num dia de azul líquido e simultaneamente preciso, matemático. Nenhum de nós morreria naquele outono de arames claros: a hora como que se curvava quando Sophia falava, e então todas as palavras eram números mágicos.
Eucanaã Ferraz
Folha de São Paulo
"Arquivo Aberto" - Série
sexta-feira, maio 20, 2011
Coisas do 28 e outras coincidências bonitas - 8
quinta-feira, maio 19, 2011
segunda-feira, maio 16, 2011
Part Four: Time and Eternity

quinta-feira, maio 05, 2011
domingo, maio 01, 2011
No Dia da Mãe
quarta-feira, abril 20, 2011
Gente gira - 4
