quarta-feira, dezembro 01, 2010

Juízo do dia

Imagem daqui
Faltam 30 dias para acabar o ano.

24 para o dia de Natal, 23 para a véspera, 20 para regressar a casa, 15 para acabar um trabalho. O tempo decresce, como o mercúrio nos termómetros estes dias.

Passaram-se 370 anos, mais de três séculos e meio, desde a Restauração da Independência até então anulada pela dinastia filipina.

A História mudou o nosso conceito de independência. O conceito de união suplantou-o. Até quando? Da mais fracturada união europeia de sempre a uma união ibérica que começa a ganhar partidários, não estaremos a construir o regresso da ideia de independência da Restauração?

É o 75º aniversário deste senhor.

Da Nova Iorque dos outonos mais bonitos, da sociedade americana das famílias mais disfuncionais, do absurdo da riqueza, da religião, do cinema. Ensinou a sentir em riso (e jazz).

Os meus pais comemoram 31 anos de casados.

Uma vida inteira sob o signo da expansão.

Celebra-se o Dia Mundial da Luta Contra a Sida - uma doença com a minha idade.

Uma doença de jovens e menos jovens, de brancos e negros, global e íntima, de medos e inconsciências. Um flagelo sem fim à vista, surdo, por razões que vão muito além das religiosas, às campanhas de prevenção.


"No Ocidente dos nossos dias, a palavra civilização surge demasiadas vezes, e de modo irónico, aconchegada entre aspas. Comum parece ser a ideia de que a civilização Ocidental é a máscara perfeita para um conjunto de interesses, inconfessáveis, que desejam em permanência o domínio do Mundo. Assim, o progresso será a “marcha da História”. O conhecimento será o “estado natural da Humanidade”. A riqueza será o “destino do Homem”. A tranquilidade será um “Direito Universal”. Para esta ingénua filosofia, nada teremos de preservar – a civilização resume-se a uma dádiva da Natureza. Mas como escrevia Edmund Burke, para que a barbárie se afirme basta que o homem civilizado se acomode à inacção."

Carlos Marques de Almeida


2 comentários:

Maria Rita disse...

[tinha de vir puxar a brasa para a minha sardinha!]:

Esperemos que não. Esperemos conseguir manter a união de povos(e a União de Estados) em pé. Que o novo conceito de "independência" se confunda com o de dependência e cooperação. Só assim podemos ser actores globais responsáveis capazes de responder aos desafios de outros mundos, que é o mesmo que o nosso.


:))))
Beijinhos*

Joana disse...

Frida,

... e que BOM!!!

Concordo em absoluto. :))))))))

(Onde é que há mais iguais a ti? Precisam-se! ;) )



JInhos.