quinta-feira, junho 29, 2006

Férias



Férias... Férias... Férias... Madeira-Funchal-Porto Santo... Férias...

Quem me dera estar de férias!
Sol, praia, verde, biquinis, gelados, areia, "cabelos molhados (bastante enrolados)", amigos, asneiras...
Calor, azul, sol, sal, cheiro a sal, cheiro a protector, bronze, bons, bronzeados, dunas, não-amigos, asneiras...
Sol, gelo, cubos redondos, bebidas geladas, palhinhas espalmadas, gelados, saladas, vermelhidão, bolhas no pescoço, escaldão, bons, bons candidatos a "amigos", asneiras, escaldões...
Bons dias-tardes-serões sem fazer nada, sentada à varanda, deitada na rede, em casa, a olhar o horizonte, o mar, as Desertas e o Porto Santo... tudo à distância de um salto ("de pulo ou de voo?") no azul...
Bons dias-tardes-serões a ler os milhentos livros meticulosamente seleccionados ano fora...
Bons dias-tardes-serões de carinhos: despertares tardios, recolhimentos mais ou menos serôdios, lençóis com cheiro a alfazema, toalhas passadas a ferro, os pratos predilectos, mimos no sofá, massagens nos pés, risos, confidências e uma profunda e serena despreocupação a tomar conta de tudo...

Quem me dera estar de férias!

Mas não estou.

Tenho (ou Há? ;) um PhD para fazer,um Orientador que não mereço de tão incansável (e consequentemente workhaolic-er), uma média de quatro teses a ler (vulgo, trabalhar) por semana, uma vida social francamente assustadora de tão agitada (com o trafégo de tanto sms, beijinho, abracinho, cafézinho, almoço e jantar por entre resmas e resmas de papel e as (malditas!) teses, pois claro!)... além de um Campeonato do Mundo de Futebol (que definitivamente não "tenho", mas "há" ;), fervilhante de emoções, a decorrer... Como se não bastasse, a isto acresce, necessariamente e a bem da verdade, a Preguiça - própria de qualquer chegada a casa que se preze, a preguiça é aquela inércia imensa, sem príncipio nem fim, que a mim presentemente me domina e afasta deste blog... (De hoje em diante não mais, prometo :)

A preguiça devia ser, primeiro, um nome do género masculino; e, depois, devia ser elucidativamente encarnada de acordo com o nosso inconsciente colectivo (no caso, o meu!), i.é., mutatis mutandis, por um alguém ao jeito da Liz Hurley, a Satan girl do Bedazzled.

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