Gosto de livros. Gosto do Amazon, da FNAC, da Assírio e da Webboom.
E eles sabem que gosto. Em especial de descontos. Até dos descontos de Natal da Webboom. Não gosto é que os ditos me cheguem ao mail através de uma mensagem com o título que enunciarei ipsis verbis: "Um Natal porreiro, pá! - é o que lhe deseja a Webboom..."
Gosto de me rir aos Domingos à noite com os Gato. Reconheço-lhes graça e mérito e inteligência, mas não encontro nada disso na publicidade da Webboom. Pelo contrário, chocou-me. Tal como há dois minutos, quando ouvi na rádio um anúncio de uma nova rede móvel em que um avô, note-se, reagia ao anúncio de casamento da neta com um sonoro "Phooooooonix!"
Não tenho nada contra o trabalho dos publicitários, não tenho nada contra a apropriação de frases feitas, não tenho nada contra a adopção de um registo de pendor mais oralizante, muito pelo contrário: percebo que na generalidade dos casos tudo se conjugue para o estabelecimento de uma empatia quase imediata com o target, afinal é de marketing que se trata, pelo desencadear da emoção, do riso, mais ou menos fácil. O que me preocupa aqui, e me choca, é puxar-se dos galões da assimetria emissor da mensagem/registo para (se) fazer (notar), rir, comprar. Pode ser de mim, mas não conheço qualquer editor que faça votos de festas felizes assim, nem avô nenhum que reaja daquela maneira.
É claro que não se exige a um publicitário que seja linguista, mas eu, se pudesse ser Pai Natal, pedia que pusesses em alguns sapatinhos, perdão, cabeças, pretensamente pensantes, uma coisa que se chama bom-senso.
Não gosto do apelo consumista que se faz sempre por alturas do Natal, mas, boas notícias para mim, com anúncios destes, acho que consigo controlar os meus ímpetos...
E eles sabem que gosto. Em especial de descontos. Até dos descontos de Natal da Webboom. Não gosto é que os ditos me cheguem ao mail através de uma mensagem com o título que enunciarei ipsis verbis: "Um Natal porreiro, pá! - é o que lhe deseja a Webboom..."
Gosto de me rir aos Domingos à noite com os Gato. Reconheço-lhes graça e mérito e inteligência, mas não encontro nada disso na publicidade da Webboom. Pelo contrário, chocou-me. Tal como há dois minutos, quando ouvi na rádio um anúncio de uma nova rede móvel em que um avô, note-se, reagia ao anúncio de casamento da neta com um sonoro "Phooooooonix!"
Não tenho nada contra o trabalho dos publicitários, não tenho nada contra a apropriação de frases feitas, não tenho nada contra a adopção de um registo de pendor mais oralizante, muito pelo contrário: percebo que na generalidade dos casos tudo se conjugue para o estabelecimento de uma empatia quase imediata com o target, afinal é de marketing que se trata, pelo desencadear da emoção, do riso, mais ou menos fácil. O que me preocupa aqui, e me choca, é puxar-se dos galões da assimetria emissor da mensagem/registo para (se) fazer (notar), rir, comprar. Pode ser de mim, mas não conheço qualquer editor que faça votos de festas felizes assim, nem avô nenhum que reaja daquela maneira.
É claro que não se exige a um publicitário que seja linguista, mas eu, se pudesse ser Pai Natal, pedia que pusesses em alguns sapatinhos, perdão, cabeças, pretensamente pensantes, uma coisa que se chama bom-senso.
Não gosto do apelo consumista que se faz sempre por alturas do Natal, mas, boas notícias para mim, com anúncios destes, acho que consigo controlar os meus ímpetos...
2 comentários:
A publicidade tem destas coisas, às vezes, procura a agressividade para impor o seu produto. E nós lá vamos atrás das cantigas.
Olá Joaninha
Novidades! Fotografia no perfil! Gosto!
É verdade, existe publicidade que não é nada apelativa!
Actua pela negativa, em vez de despertar o desejo de adquirir o produto em causa, pelo contrário desmobiliza essa vontade.
Eu chamo a isto a publicidade “pimba”.
Beijinhos
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