Recebido desta menina.
Há três que levo comigo para todo o lado para reler, e de facto já os reli com frequência: a Poesia, Daniel Faria (Quasi), A Origem da Tragédia no Espírito da Música, Friedrich Nietzsche (Edições 70), Mrs. Dalloway, Virginia Woolf (Vintage International).
O Renascer: Diários e Apontamentos 1947 - 1963, Susan Sontag (Quetzal). Pese muito embora o facto de permitir perceber o percurso intelectual de uma pensadora brilhante, dá na mesma medida a sua fragilidade íntima (emocional, psicológica, anímica...) de um modo tão pungente e tão triste que, assumo, de todas as vezes me deixou de rastos.
3. Se escolhesses um livro para ler para o resto da tua vida, qual seria ele?
Não percebi se é um dos lidos, se um dos por ler. De qualquer das formas, a minha bíblia, depois da Bíblia, é o Livro das Horas, Rainer Maria Rilke (Assírio e Alvim).
São muitos. E nunca é uma palavra demasiado definitiva. Os três do topo da pilha que re-organizei, por ordem de urgência, este verão: Ulysses, James Joyce (Vintage International), Rayuela - O Jogo do Mundo, Júlio Cortázar (Cavalo de Ferro), Guerra e Paz, Lev Tolstói (Presença).
Ah, Perto do Coração Selvagem de Clarice Lispector (Relógio d'Água). Leiam, leiam.
O que toda a gente leu: as Anitas, os Tintins, os Tios Patinhas, os Zé Cariocas, as colecções Cinco e Uma Aventura porque estavam lá em casa. A Alice Vieira, a Sophia e a Maria Alberta Menéres, por causa da escola.
Havendo livros que custam mais do que outros a ler, não há livros chatos. A leitura, a leitura de literatura (de ficção, ensaio científico, etc.) é exigente. É um exercício de nós contra o texto contra nós (e o contrário: de nós com o texto connosco). E é por isso que vale a pena e é por isso que é formativa.
8. Indica alguns dos teus livros preferidos.
Há livros que nos tocam particularmente, porque nos encantam ou nos fustigam e interpelam. Há livros que nos mudam a vida (ou, se calhar, a vida é que nos muda e depois acontece os livros cairem-nos no colo...) e são alguns desses que vou nomear: O Nome das Coisas, Sophia de Mello Breyner Andresen (Moraes Editores), Cartas a Lucílio, Lúcio Aneu Séneca (FCG), A Mãe, Máximo Gorki (Editorial Caminho), Giulietta, Frederico Fellini (Círculo de Leitores), Hunger, Knut Hamsun (Vintage International), Alguns Gostam de Poesia, Czeslaw Miloz e Wislawa Szymborska (Cavalo de Ferro).
9. Que livro estás a ler neste momento?
A Casa Amarela de Martin Gayford (Bertrand) no metro e à noite Vivre Avec Picasso, Françoise Gilot (Carlton Lake).
10. Indica dez amigos para o Meme Literário:
Todos os seguidores, leitores e comentadores estão convidados.
5 comentários:
obrigada por teres respondido porque gostei de conhecer as tuas respostas :)
Aquele teu ponto 7 (a dos livros chatos) lembrou-me um professor meu que dizia que por motivos de higiene mental todos deviamos ler de tempos em tempos um livro que nos contrariasse ou aborrecesse. Acho que ele tinha razão...
e reparei ali na Giulietta do Fellini! Foi por isso que me questionaste sobre a origem do fragmento?
Anita,
:D
(Foi mas ao contrário: cheguei à Giulietta do Fellini precisamente por causa do teu fragmento! (Ainda te lembras disso?! Lindo!)
Jinhos.
vês, agora fiquei contente porque um dos meus pedacinhos de papel te guiou a um dos teus livros preferidos... era assim que eu queria ser (e pelos vistos sou um bocadinho)
desejo-te felicidade
Anita,
Não seremos sempre o que queremos ser? Antes mesmo de nos darmos conta disso... :D
Felicidade em dobro.
Jinhos.
Enviar um comentário