Acabo de chegar do cinema. Fomos ver o 'Contra-Luz' do Fernando Fragata - uma ideia brilhante (a do absurdo do destino), sem um enredo, uma escrita e uma música à altura, infelizmente. O caminho todo peso a falibilidade das nossas capacidades de dar forma a boas ideias. Uma questão que me é cara, mas que desolho (esforço-me por isso) quando me tenta.
Chego, abro as janelas, demoro-me ao computador enquanto a casa arrefece; leio por aqui o desaparecimento do António Feio - a minha irmã mais nova arrastou-nos para o cinema por causa do trailer e dele. A falibilidade das nossas capacidades esvanecida. O António Feio morreu. Não há mais absurdo que essa fatalidade. Hoje.
4 comentários:
Que triste coincidência, perdeu-se um dos mais notáveis humoristas português de sempre, que nunca se deixou levar pelo fácil e que se destacou sempre.
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Perdeu-se a bondade do seu sorriso. Aprendamos com ele a sorrir. Sempre.
não tenho palavras para essa doença que teima em levar aqueles que mais alegria têm... hoje é um dia muito triste que me relembra dias ainda mais tristes.
(...)
e é impossível ficar indiferente ao homem que enfrentou a tragédia com um sorriso nos lábios.
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Na verdade, o que me apetece dizer é que o António não era feio.
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