quarta-feira, abril 11, 2007

Serviço (im)públ(d)ico de informação

Ela
Ele
Amanhã vai aparecer em tudo o que é serviço noticioso, jornal, pasquim e blog certamente; como já não os consigo ouvir, adianto-me eu. Agora.

Ela diz qualquer coisa como: "Costuma também telefonar a empresários para os convidar a investir em Portugal...? O Primeiro responde que sim e diz mais qualquer coisa para enfatizar a sua proactividade, ou melhor, a proactividade do homem político eleito pelos cidadãos, blá, blá... quando é logo interrompido, abruptamente, rudemente, por Ela: "... pois, só não consegue impedir greves...!"
Eu: ..........................???????????????????????????????????????????????
Ele: "Não acha estranho confiarem na sua palavra apenas e não num documento?" O Primeiro responde que isso é procedimento que julga ser comum nas Universidades (verdade!) e que assim que dão entrada os documentos é que o Plano de Estudos é formalizado e entregue ao aluno. Ele: Vamos esclarecer uma outra questão... Ela, logo: Questão, não insinuação, senhor Primeiro. (O Primeiro tinha referido que gostaria de explicar as insinuações veiculadas pela comunicação social nos últimos dias, Ela - a Rainha/virgem ofendida da Comunicação Social não conseguiu esconder o despeito). O Primeiro dá um sorriso rápido e sem mais, explica. Mas Ele volta à carga: "Não acha estranho que quatro professores lancem as suas notas no mesmo dia e ... não acha estranho que os serviços académicos...?"
Eu: ....................??????????????????????????????????????????????????
(Sim, porque o Primeiro é enquanto aluno do pós Laboral, de dia Deputado da AR na oposição, o responsável pelos serviços académicos do ISEL, da UnI e de todas as Universidades do país. Sim, porque o primeiro é o responsável pela disponibilidade dos professores das Universidades do país. (Era bom!)
Não tenho nada a favor, nem contra o Primeiro. Voto sempre mas em liberdade - literalmente em liberdade, não tenho cores (só azul e branco!) e as ideologias são mais filosóficas que políticas. Não me interessam minimamente as habilitações do Primeiro. Interessar-me-ia aferir da sua honestidade enquanto homem político - de resto como seria ideal em relação a todos os que nos representam -, mas isso só se fosse a Fada Sininho, porque com esta entrevista... nada!
Passei a ter muito contra Ela e Ele porque esperava mais, esperava uma postura e uma preparação diferentes; ensinei uma vez que a principal característica de um texto jornalístico é a Objectividade e defini-a pelo rigor, pela racionalidade, pela coerência e pela isenção. E defendi a profissão de jornalista que considero nobre - e não é apenas por ter pessoas da família na área - mas porque muitas vezes é chamada de atenção e/ou garante de respeito pelos direitos pessoa humana (honra, reputação, dignidade com interdição de injuriar ou difamar), garante pelo respeito da privacidade no respeito às regras deontológicas e éticas.
Espero que depois de ter vindo para cá o nível da entrevista se tenha elevado, mas não creio. Não percebi nada, ou melhor, percebi que, como sempre, somos um país de fuinhas reles; e que o Primeiro fez o trabalho de casa. Como sempre, também. E foi só. Infelizmente.
Onde será que Ela e Ele tiraram o curso? Fazia-lhes bem tirar qualquer coisinha na minha (daqui a muito tempo, se chegar a Primeira, o Ele e a Ela jrs bombardear-me-ão com este possessivo certamente) Católica - formação integral da pessoa humana, got it?

Vergonhoso.

3 comentários:

100 remos disse...

Concordo contigo. Até me enchi de calores frios. Eles foram para ali numa de espremer o Primeiro Ministro e não para conduzir o discurso de forma a que todas as dúvidas dos portugueses fossem esclarecidas. Beijinhos

Joana disse...

Cemremos,

;)

Anabela disse...

Foi mal alinhada, a entrevista... apenas isto.