Quando chego, das vezes em que chego sozinha, e portanto mais eu, e portanto séculos antes da hora de abertura, e portanto fora da bolha amada, e portanto mais eu, ele começa a sorrir já do fundo da rua, onde me vê; ele chega e não quer saber da fila que se está a compor, lentamente, naturalmente, ao longo da entrada; ele ultrapassa toda a gente; ele espreme-se no espacinho que houver à minha direita. E sorri. Sorri-me. E eu digo-lhe olá, então tudo bem e ele diz sim entre o princípio e o fim do seu sorriso. E sobe comigo as escadas, e eu atraso o passo, e ele atrasa o dele, e sorri, continua a sorrir.
E eu queria muito hoje contar do frio maior que senti na vida, há cerca de dois anos, quando estive no ground zero mas agora, tenho um calorzinho bom no coração, não pode ser.
E eu queria muito hoje contar do frio maior que senti na vida, há cerca de dois anos, quando estive no ground zero mas agora, tenho um calorzinho bom no coração, não pode ser.
7 comentários:
sinto o mesmo quando vejo imagens do Iraque, ou do Afeganistão ou até das bombas de Napalm no Vietname.....
este texto está tão bonito. apetece-me ir a correr para esse sítio (que desconfio qual seja) dessa cidade muito amada e sorrir-te também. :)
beijinho*
Poeta poente,
I know...
Vanessa,
Já vieste.
Já me sorriste.
Obrigada. :)))))))))))))))))))))))))
Imagino os horrores daquilo
JJ:
Um calorzinho bom é tão... BOM!
Jinhos.
Um texto muito enternecedor.
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