sábado, maio 09, 2009

Silêncio - ARVO PÄRT e ANDRÉS ELOY BLANCO ao Sábado



Quando tu ficares muda
e eu ficar cego,
vão-nos restar as mãos
e o silêncio.

Quando tu envelheceres,
e eu envelhecer,
hão-de ficar-nos os lábios
e o silêncio.

Quando tu morreres,
e eu também morrer,
têm de enterrar-nos juntos
e em silêncio;

e quando tu ressuscitares,
quando eu tornar a viver,
voltaremos a amar-nos
em silêncio;

e quando tudo acabar
para sempre no universo,
há-de ser um silêncio de amor
o silêncio.


Andrés Eloy Blanco

6 comentários:

V. disse...

caramba! lindo!!!!

Anónimo disse...

lindíssimo poema e o video...bom, o som...a água... fez-me...com licença, tenho de terminar aqui que estou aflitinho.

beijinhos

Maria Rita disse...

Que coisa bonita! Confesso que não conhecia Andrés Eloy Blanco, mas acho que vou ficar fãa partir de hoje :)

Obrigada Joaninha :)))*
Um beijinho

Joana disse...

Uma feliz descoberta, para mim também!

Jinhos a todos.

intruso disse...

Verdadeiramente tocante

(gosto muito de ambos)

...


[e sempre
o silêncio]


bj

Joana disse...

Intruso,

Toca-nos como pouca coisa, o silêncio...

:))))))))))))))

Jinhos, João.