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Se eu não fosse eu, fazia igual. Ia lá abaixo e ficava a olhar cá para cima enquanto aproveitava o calor e o brilho do dia. Deitava-me de pernas trocadas, na berma da lagoa, a olhar para esta janela, para o céu, para cima. Cruzava os braços atrás da cabeça, recostava-me, esticava-me, deixava o peso destes dias cá em cima, ao lado dos afazeres e dos deveres, descansava. Não me preocupava com a ponta do vestido a descair, a pender, sob a água, nem com o senhor que acaba de tirar os óculos para esfregar os olhos, nem com o rapaz que almoça, nem com a rapariga que lê no vidro da janela da frente as histórias que o livro que esqueceu no colo recorda. Se eu não fosse eu, tinha vestido hoje um vestido que se misturasse, com sede e em sossego, com a água - como um nenúfar!. Se eu não fosse eu, tinha posto uma flor no cabelo, com esmero e romantismo - como quem põe um chapéu!, e tinha voado para longe ali em baixo. Está um dia maravilhoso...
4 comentários:
este título lembra-me aquela música fabulástica da scout niblett! socorro! :D
we can rest our bones side by side
and we're drunk on faded hearteheheh!
(está mesmo um dia ma-ra-vi-lho-so!)
beijinho*
Vanessa,
Aha! Mesmo. Mesmo. Meeeeeeeesmo! :D
Jinhos.
Esperemos que os dias fiquem sempre maravilhosos para poderes escrever sempre assim :))
De nada Joana, é um prazer saber que olhas para ele todos os dias :)*
Beijinhos*
Frida,
:D
Jinhos.
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