quarta-feira, maio 09, 2007

Em relação ao anterior...

Há ou não deuses?
Eu creio que sim, mas percebo - na perfeição - quem defenda que não.
O post foi hermético, por falta de tempo, por falta de disponibilidade interior para explicar, por falta de vontade também.
Inicialmente tinha escrito "pequenos deuses" para melhor se perceber que era a pessoas que me referia, depois, porém, achei que a minúscula era suficientemente explicíta e foi dessa forma que premi o Publish.
Os meus deuses são basicamente todos aqueles que endeusei, coloquei naquele pedestal da estima, do respeito, da reverência e da consideração, francamente sobre-humanos.
... deuses desses, por muito agnóstico que se seja, teremos todos: aquele amigo, aquele familiar, aquele professor, aquele conhecido ou desconhecido, tanto faz. Pessoas que nos cativam, surpreendem, ensinam, orientam, fazem feliz! Pessoas como nós, mas ao mesmo tempo diferentes, pessoas mais pessoas, mais humanas e mais sobre-humanas - simultaneamente.
É profundamente infantil acreditar-se na perene perfeição dessas pessoas, mas eu sou assim: acredito. Acredito muito. Muito, muito, muito. E quando algo vil, como a idade ou a doença, deterioram-nos a eles e à imagem que deles tenho (ou construí), me demonstrando o exacto oposto, é difícil, é doloroso. O ter que abstrair-me das palavras ditas, provavelmente proferidas apenas e não sentidas; o ter que atribuir a raiva à doença, os impropérios à condição; o ter que fazer ouvidos de mercador ao mesmo tempo que se procuro as palavras mais acertadas, mais racionais, ao mesmo tempo que tento acolher e compreender sem o demsontrar, sem o comprometer.


Ai, acho que quero morrer jovem, pelo menos mentalmente, antes que uma praga horrorosa obstaculize as minhas sinapses e me faça... como o meu deus.

5 comentários:

Maria de Lourdes Beja disse...

Joaninha: apetece-me chamá-la assim porque a percebo a atravessar um mau pedaço da sua vida.E eu tenho falhado muito aos nossos "encontros" nesta esquina da net.Está no Funchal? Às vezes essa terra é perversa.Já experimentei.Aí vi alguns "deuses", dos seus,perderem completamente a sua auréola...Culpa de quê, de quem?Dói,mas depois transforma-se.Não é aquela teoria do "isso passa",é mesmo um processo de transformação.Força,Joaninha!Onde está aquela rapariga do Texas que eu conheci?

Rosario Andrade disse...

...eu continuo a dizer que nao há deuses, mas antes pessoas muito humanas. Atribuir uma aura eterea a pessoas só pode dar em desilusao uma vez que todos carregamos o peso da mesma humanidade. Creio que, apesar de toda a admiraçao que determinadas pessoas merecem, será melhor aceita-las tais como elas sao... apenas humanas.

Bjicos

Joana disse...

Rosário,

Exacto. Apenas humanas. Tens razão.

Maria de Lourdes,

Eu? Estou AQUI. :)

Jinhos a ambas.

Erecteu disse...

Então não há deuses? Hum...!
Nem com pés de barro?
Xi!!! ;)
Beijos

Joana disse...

Ehehehehehe!!! :P

O E. é sempre o mesmo. F-e-n-o-m-e-n-a-l! Fez-me rir!

"...com pés de barro".
Ora nem mais.

Jinhos.