Da esquerda para a direita: Eu e a Teté
Vinte e seis. (Começa precisamente hoje, como sempre todos os anos, a minha contagem decrescente dos dias que faltam para os meus mais dois.)
Este ano começou diferente. Sobrou-nos o espaço no quarto, faltaram os risos e as histórias e as piadas ao jantar, esvaziou-se um lugar à mesa. Aumentou o silêncio – ecoa, sabes?, quando rodo a chave ao fim do dia, todos os dias. Também passou a reinar um certo vazio nas tardes de domingo, as mesmas em que se me multiplicam as tarefas.
Hoje a Teté faz anos. Longe. Numa ilha que nem sequer é a nossa, com muita gente, mas sem nós. Sem nós a jantarmos todos, sem nós a cantarmos os Parabéns, sem nós a soprarmos as velas de um mega-bolo de chocolate, sem nós a sairmos depois.
Crescemos, todos, e connosco a distância – ou o contrário, é mais isso. Isso e os telefonemas diários. Têm que se continuar a quase só falar em Inglês – já andamos nisto há vinte e dois anos... –, tem que se continuar a discutir e a problematizar em Inglês e, muito importante, tem que se assegurar a perpetuação das private, a nossa tradição de private jokes em Inglês, of course. Nem que seja por meio de um fio.
Hoje a Teté faz anos. Longe. Mas bem. Na sua casa, com uma série de amigos e colegas, irmãos emprestados, um serão que promete e... dois, não é?, dois mega-bolos de chocolate.
Há coisas que nunca mudam. Quando os nossos avós celebraram as Bodas de Ouro houve grande festa lá em casa, e a Teté, que não teria mais de quatro anos, foi a estrela da festa. Para a posteridade, a fotografia da Teté vestida ainda de festa – para os menos entendidos: lambuzadíssima de chocolate –, dedo na boca, a dormir o sono dos gulosos por cima da colcha da cama.
A História também reza de um desaparecimento súbito, para debaixo da mesa da cozinha, por motivos mais ou menos idênticos, de índole gastronómica, pelo menos. Tal como está nos cânones o dia em que os peixes da nossa lagoa – eu pedia tanto “um peixe na mão” a toda a gente lá de casa e ninguém nunca!... – me vieram ter às mãos (literal e finalmente!) via vassourada ágil e determinada da Teté.
Acho que é isto mais ou menos que está neste sorriso e no olhar que quem não a conhece pode adivinhar. Pro-activa, confiante, polivalente, extremamente inteligente, por baixo do estetoscópio fuschia um coração de manteiga (de cacau!), um dos melhores seres humanos que conheço, a minha mana Teté. Parabéns!!!
Este ano começou diferente. Sobrou-nos o espaço no quarto, faltaram os risos e as histórias e as piadas ao jantar, esvaziou-se um lugar à mesa. Aumentou o silêncio – ecoa, sabes?, quando rodo a chave ao fim do dia, todos os dias. Também passou a reinar um certo vazio nas tardes de domingo, as mesmas em que se me multiplicam as tarefas.
Hoje a Teté faz anos. Longe. Numa ilha que nem sequer é a nossa, com muita gente, mas sem nós. Sem nós a jantarmos todos, sem nós a cantarmos os Parabéns, sem nós a soprarmos as velas de um mega-bolo de chocolate, sem nós a sairmos depois.
Crescemos, todos, e connosco a distância – ou o contrário, é mais isso. Isso e os telefonemas diários. Têm que se continuar a quase só falar em Inglês – já andamos nisto há vinte e dois anos... –, tem que se continuar a discutir e a problematizar em Inglês e, muito importante, tem que se assegurar a perpetuação das private, a nossa tradição de private jokes em Inglês, of course. Nem que seja por meio de um fio.
Hoje a Teté faz anos. Longe. Mas bem. Na sua casa, com uma série de amigos e colegas, irmãos emprestados, um serão que promete e... dois, não é?, dois mega-bolos de chocolate.
Há coisas que nunca mudam. Quando os nossos avós celebraram as Bodas de Ouro houve grande festa lá em casa, e a Teté, que não teria mais de quatro anos, foi a estrela da festa. Para a posteridade, a fotografia da Teté vestida ainda de festa – para os menos entendidos: lambuzadíssima de chocolate –, dedo na boca, a dormir o sono dos gulosos por cima da colcha da cama.
A História também reza de um desaparecimento súbito, para debaixo da mesa da cozinha, por motivos mais ou menos idênticos, de índole gastronómica, pelo menos. Tal como está nos cânones o dia em que os peixes da nossa lagoa – eu pedia tanto “um peixe na mão” a toda a gente lá de casa e ninguém nunca!... – me vieram ter às mãos (literal e finalmente!) via vassourada ágil e determinada da Teté.
Acho que é isto mais ou menos que está neste sorriso e no olhar que quem não a conhece pode adivinhar. Pro-activa, confiante, polivalente, extremamente inteligente, por baixo do estetoscópio fuschia um coração de manteiga (de cacau!), um dos melhores seres humanos que conheço, a minha mana Teté. Parabéns!!!
7 comentários:
Ela deve saber a sorte que tem por ter uma amiga que lhe faz estes elogidos e homenagem...
Congratulations!
E esse sorriso mágico...
... e também muito simpática, descontraída, com sentido de humor e muito amiga da sua mana porque só isso explica que tenha proporcionado a continuação de uma bela tarde, depois de ela ter passado o dia a trabalhar, com uma perfeita desconhecida a teu pedido!
Parabéns Teté!!!!!!!!!!!
Jinhos.
Marisa,
Pois, pois, isso tudo também.
:)))))))))))))))))))))))
Jinhos.
(
O que vocês andaram... de barco, claro!..., naquele dia!) :P
Adorava ter irmãos, e que elews fossem as melhores pessoas do mundo. usufrui dessa sorte... sempre
Obrigada!!!!!! Um dos melhores presentes de hoje é este post... pelas saudades que se mata a lê-lo, pelas memórias (oh Meu Deus, as fotos de infancia são um perigo para a reputação de qq um!), pela saudade que este aniversario longe também desperta não pelo lugar vazio à mesa, mas pela alegria que falta de nòs os 4 à mesa nos anos.
Vai vindo, entre sms e toques e posts, mas vai vindo, I cherish that today, all of you and you especially!
Jinho da té
Parabéns!
*
(às manas)
p.s.
bom lançamento para Sábado!
Numa edição muito mimosa, como alguém disse ;)
Gostava de estar presente ['sábado em braga' round 2 :))) ] mas enfim, lisboa a quanto obrigas...
Enviar um comentário