sexta-feira, setembro 29, 2006

Porque não resisto

o teu rosto à minha espera. o teu rosto
a sorrir para os meus olhos. existe um
trovão de céu sobre a montanha.

as tuas mãos finas e claras. vês-me
sorrir. brisas incendeiam o mundo.
respiro a luz sobre as folhas da olaia.

entro nos corredores de outubro para
encontrar um abraço nos teus olhos.
este dia será sempre hoje na memória.

hoje compreendo os rios. a idade das
rochas diz-me palavras profundas.
hoje tenho o teu rosto dentro de mim.


José Luís Peixoto, A Casa, A Escuridão

4 comentários:

Anónimo disse...

É uma sorte ter entre nos José Luis Peixoto :)
com as suas palavras ...
e feitiços!!!

intruso disse...

...
adoro J.L.Peixoto

...particularmente "Nenhum Olhar"
e este de poemas (A Casa, A Escuridão)

(esse, curiosamente, é um dos meus favoritos...)
:)

Joana disse...

Também gosto imenso de Nenhum Olhar, foi o primeiro que li, é dos meus predilectos... este não conheço infelizmente. Mas já está na listinha de prendas de Natal ;) Jinhos.

P.S. Impressão minha ou ele (JLP) em poesia é mais apolíneo... (i.e. menos dark, menos hard-core)???

Anónimo disse...

:D s vcs dizem....kem sou eu?sim..wherever..!:P Bjinhs Nininha