quinta-feira, maio 11, 2006

longe, oculto e presente


Ajoelhado no terraço Gaspar olhava o céu da noite. (...)
E disse:
- Senhor, como estás longe e oculto e presente!
Oiço o ressoar do teu silêncio que avança para mim e a minha vida apenas toca a franja límpida da tua ausência.
Fito em meu redor a solenidade das coisas como quem tenta decifrar uma escrita difícil.
Mas és tu que me lês e me conheces. Faz que nada do meu ser se esconda.
Chama à tua claridade a totalidade do meu ser para que o meu pensamento se torne transparente e possa escutar a palavra que desde sempre me dizes.
Sophia de Mello Breyner Andresen

4 comentários:

musqueteira disse...

Viva Joana,
As solidões tranquilas...encaixam muito bem com estas palavras de Sofia M. Breyner.A espiritualidade do silêncio... é um mistério tão nobre e de tal elevação que todos os artistas foram tocados por ele -o silêncio!.. A entrega do Eu à espiritualidade ou a Deus, tem um fascínio jamais alcançado (no seu saber) por quem não o pratica.
E porque há... tanto mais a descobrir...é exactamente por tudo isso que existo!

Anónimo disse...

;) dei?!poxo utilizar isto no hi5?sim..bem me apetece escutar lhe..mas ta dificil!:D BIGADA!Bjinhs Nininha

Joana disse...

Bem, nem me deixaste dizer sim. E eu deixava... Enfim, Cockie...

Anónimo disse...

ops...lololol!Ta certo...acertamos contas entao amnha!Ja sabia k deixavas...axo eu...lolol!BIGADA BIGADA BIGADA! :D BJINHS ATE AMNHA!Nininha