The Haunted Palace
Poem lyrics of The Haunted Palace by Edgar Allan Poe.
In the greenest of our valleys
By good angels tenanted,
Once a fair and stately palace -
Radiant palace - reared its head.
In the monarch Thought's dominion -
It stood there!
Never seraph spread a pinion
Over fabric half so fair!
Banners yellow, glorious, golden,
On its roof did float and flow,
(This - all this - was in the olden
Time long ago,)
And every gentle air that dallied,
In that sweet day,
Along the ramparts plumed and pallid,
A winged odor went away.
Wanderers in that happy valley,
Through two luminous windows, saw
Spirits moving musically,
To a lute's well-tuned law,
Round about a throne where, sitting
(Porphyrogene!)
In state his glory well-befitting,
The ruler of the realm was seen.
And all with pearl and ruby glowing
Was the fair palace door,
Through which came flowing, flowing, flowing,
And sparkling evermore,
A troop of Echoes, whose sweet duty
Was but to sing,
In voices of surpassing beauty,
The wit and wisdom of their king.
But evil things, in robes of sorrow,
Assailed the monarch's high estate.
(Ah, let us mourn! - for never morrow
Shall dawn upon him desolate!)
And round about his home the glory
That blushed and bloomed,
Is but a dim-remembered story
Of the old time entombed.
And travellers, now, within that valley,
Through the red-litten windows see
Vast forms, that move fantastically
To a discordant melody,
While, like a ghastly rapid river,
Through the pale door
A hideous throng rush out forever
And laugh - but smile no more.
3 comentários:
Bom dia JJ!
...Brrrrr... adequado a epoca! Aqui vive-se com bastante intensidade, ontem andavam miudos todos mascarados a tocar a porta la da rua...
Bjico ancho!
E o que dizer do "Físico prodigioso" de Jorge de Sena?
Anabela,
Shame on me (!), que não me lembrei dele. :(
Aqui fica então uma das minhas passagens predilectas:
"Foi quando ele começou a sentir dentro de si uma ansiedade que o imobilizava à janela dos aposentos, não sabendo se o frio que sentia estava nele ou era do Inverno que chegava. Ficava assim, olhando o céu mudar de cor, conforme o sol desaparecia. O azul, o alaranjado, o verde, o róseo, o branco, o pardacento, ou as mudanças em que se misturavam, ou, por estrias sucessivas, iam surgindo e apagando-se, e em tudo os olhos lhe ficavam presos até doerem, enquanto o mesmo frio o não largava. E também a chuva, que era agora frequente, e ele via cair em cataratas, ou em cordas grossas, ou em pingos cadenciados, ou em poalha fina que dançava no ar.
Só Dona Urraca, que vinha pôr-se a seu lado silenciosa, esperando que ele despertasse da melancolia, o retirava da sua contemplação. (...)
Um dia, em que ela talvez esperasse mais longamente um movimento dele, Dona Urraca ouviu que ele falava em voz baixa consigo mesmo, coisa que nunca fizera. Apurou o ouvido e ele calou-se.
Ao outro dia, à mesma hora e no mesmo lugar, quando ela se aproximou, ele disse sem se voltar:
- Sabes? Eu...
- Podes ir quando quiseres.(...)
- Não, não é isso. Disseste-me também que eu era um deus. E eu sinto que sou. Ou sinto que estou sendo. E é uma coisa insuportável.
Ela recuou, arregalou os olhos, levou as mãos à cara mas não disse nada. Ele continuou:
- É insuportável. É como estar à beira de um abismo e ter vertigens, e cada vez a gente debruçar-se mais, e ter medo de cair, e cair, e não chegar ao fundo e acabar, porque o abismo não tem fundo. E, quando se está caindo assim queríamos que tivesse. O céu são muitos céus até ao último. A terra, muitas camadas até ao fim. o mar, muita água até que há outra terra. A vida, tudo o que tenho tido e me tens dado. O poder, eu posso ter, se quiser, todo o poder do Mundo. Mas tudo isto tem fim, pode ter um fim qualquer. Só este abismo não tem. E cada dia me sinto pior, ou me sinto melhor não sei.
Voltou-se para ela, e viu como a fizera triste. Abraçou-a ternamente. (...)
Ele fitou-a longamente e viu nos olhos dela, duríssimos, a dor de o não ter conhecido e o grande amor de o querer vivo. (...)"
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