quinta-feira, novembro 02, 2006

Curtas...


William Clark Styron, vencedor do Prémio Pulitzer com a obra "As Confissões de Nat Turner" e autor do romance "A Escolha de Sofia", morreu ontem, aos 81 anos, vítima de uma pneumonia, anunciou a sua família.
Na obra com que venceu o Pulitzer, "As Confissões de Nat Turner”, Styron relatou uma história em torno de uma revolta de escravos ocorrida nos EUA em 1831. Apesar de premiado, o livro causou polémica, sendo alvo de críticas de que era racista e pouco verdadeiro.
“A Escolha de Sofia”, publicado em 1979, relata a história de uma sobrevivente polaca do Holocausto obrigada num campo de concentração nazi a escolher qual dos filhos deveria viver. A história foi transposta para o Cinema por Alan J. Pakula, protagonizada por Meryl Streep e Kevin Kline.
Günter Grass, o Nobel de Literatura de 1999, vai estar amanhã, sexta-feira, a partir das 18h30, no Instituto Alemão/Goethe Institut, sito no Campo dos Mártires daPátria, em Lisboa.
Para ele, o livro é... “a tentativa deredescobrir um jovem que hoje me é estranho e de questionar o seu comportamento em determinadassituações”. Antes porém, o escritor – que é também pintor de talento – inaugura no local uma retrospectiva da sua obra gráfica em Portugal ao cuidado do Centro Cultural de São Lourenço, em Almancil.
António Lobo Antunes apresenta no próximo dia 04 de Novembro, sábado, pelas 16.30 horas, na Biblioteca Municipalde Aveiro o seu novo livro "Ontem não te vi emBabilónia".
"Uma noite ninguém dorme, e durante a meia-noite a ascinco da manhã, as pessoas sonham acordadas no sono: contam e inventam as suas vidas e as suas histórias, ou as histórias em que transformam as suas vidas, ouas vidas que transformaram em histórias. Podem servidas cruéis, de medo, de uma cicatriz interior, de algo que talvez fosse o Estado português de outros tempos. Podem ser vidas de amores passados, de lápides varridas, de um desejo de uma vida inteira, de se poder ser feliz sem pensar. Nestas histórias, nestes silêncios destas falas, nos risos e nas traições, vamos identificando a noite de um país, a noite cheiade vozes de todos nós, e a noite silenciosa que é o isolamento de cada um. Como diz o autor - “porque aquilo que escrevo poder ler-se no escuro”.
Possidónio Cachapa revelou ontem à agência Lusa que o seu novo romance, "Rio da Glória", a editar segunda-feira, dia 6 de Novembro, «poderá trazer alguma polémica».
Efectivamente, o romance «aborda a literatura light, cujo período na história literária portuguesa já terminou, e a existência de um padre que pela sua humanidade e abnegação é um exemplo de santidade, o que o leva a confrontar e a pôr em causa a hierarquia». O escritor definiu este seu quarto romance como «um projecto literário, pois trata da busca de sucesso ou glória, mas entendidos estes quer no sentido imediato, material, quer transcendental, que se atinge para além de nós». O romance divide-se em três partes, convergindo as personagens, na terceira parte, para «o Brasil onde tudo acontece», adiantou. «O Brasil - disse - é a terra onde tudo acontece porque é um país-continente, e as personagens percorrem-no de Leste a Oeste e de Norte a Sul, várias vezes». A escolha deste cenário levou o escritor a deslocar-se ao Brasil, beneficiando para tal de um bolsa do Centro Nacional de Cultura atribuída no âmbito do programa de investigação em países lusófonos.

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