A senhora do café anda preocupada com a escassez de roupa de Verão, chic mas sem ser de cerimónia, para um cocktail ao fim-do-dia, sabe?, que as lojas têm para oferecer nesta altura que é Verão para as pessoas como nós, mas início de Outono/Inverno para as pessoas que como elas, as das lojas.
Não me sabia com ar de quem percebe de roupa e cocktails, que até vou sabendo, em boa verdade mais de roupa que de cocktails, porque ao contrário dos gostos – aposto, aposto, aposto!... – o nosso tamanho é idêntico, e as lojas acabam por sempre as mesmas, em Braga ou no Porto.
Pois, mas também depende muito do sítio para onde vai: há lugares em que as noites são fresquinhas, outros em que são tão ou mais quentes que os dias, outros ainda em que são absolutamente imprevisíveis.
Vai para Cabo Verde que é um sítio fantástico que só conheço do Chiquinho do Baltasar Lopes e de brochuras em newsletters tap vitória. Vai doze dias, com roupa mais ou menos chic, mais ou menos fresca, vai para descansar do bulício desta cidade, vai para conhecer aquilo e trazer muitas histórias para contar, sei.
E é assim que, não tarda nada, vou conhecer Cabo Verde ainda mais por dentro.
No outro dia, segunda-feira – às segundas tenho-me deixado ficar em casa mais a prolongar o fim-de-semana do que a trabalhar, na verdade (tento) trabalhar só no intervalo, tão pequeno, desse prolongamento –, estive a espreitar amigos em férias. Às vezes às férias dos outros, de guardassóis às riscas e gelados, flores no cabelo, sol nas costas, vestidos estampados, olhos no mar, respingam um bocadinho para nós e isso é bom, muito bom.
Especialmente às segunda-feiras... Especialmente antes de ter chegado à conclusão que há uma cidade no mundo que conheço incrivelmente, assustadoramente, bem. Como se conhece, quando se conhece, a palma da mão direita, tão diferente - incrivelmente, assustadoramente - da esquerda.
Como se já lá tivesse estado muitas vezes. Como se me tivesse deixado lá ficar. Como se agora regressasse a mim que nunca saí de lá. Como se já lá tivesse vivido e, chave na mão, abrisse a porta, com o desprendimento de sempre, depois de mais um dia de trabalho. Como se já lá tivesse trabalhado e a atravessasse de metro todos os dias, quando o dia nasce e quando morre. Como se fosse minha em passeios e conversas e repastos tardios de fim-de-semana ao sol.
Como se conhece, quando se conhece, o que é, tão diferente - incrivelmente, assustadoramente - do que não é.
Há uma cidade no mundo que conheço com o coração. Coisas de uma outra vida.
Não me sabia com ar de quem percebe de roupa e cocktails, que até vou sabendo, em boa verdade mais de roupa que de cocktails, porque ao contrário dos gostos – aposto, aposto, aposto!... – o nosso tamanho é idêntico, e as lojas acabam por sempre as mesmas, em Braga ou no Porto.
Pois, mas também depende muito do sítio para onde vai: há lugares em que as noites são fresquinhas, outros em que são tão ou mais quentes que os dias, outros ainda em que são absolutamente imprevisíveis.
Vai para Cabo Verde que é um sítio fantástico que só conheço do Chiquinho do Baltasar Lopes e de brochuras em newsletters tap vitória. Vai doze dias, com roupa mais ou menos chic, mais ou menos fresca, vai para descansar do bulício desta cidade, vai para conhecer aquilo e trazer muitas histórias para contar, sei.
E é assim que, não tarda nada, vou conhecer Cabo Verde ainda mais por dentro.
No outro dia, segunda-feira – às segundas tenho-me deixado ficar em casa mais a prolongar o fim-de-semana do que a trabalhar, na verdade (tento) trabalhar só no intervalo, tão pequeno, desse prolongamento –, estive a espreitar amigos em férias. Às vezes às férias dos outros, de guardassóis às riscas e gelados, flores no cabelo, sol nas costas, vestidos estampados, olhos no mar, respingam um bocadinho para nós e isso é bom, muito bom.
Especialmente às segunda-feiras... Especialmente antes de ter chegado à conclusão que há uma cidade no mundo que conheço incrivelmente, assustadoramente, bem. Como se conhece, quando se conhece, a palma da mão direita, tão diferente - incrivelmente, assustadoramente - da esquerda.
Como se já lá tivesse estado muitas vezes. Como se me tivesse deixado lá ficar. Como se agora regressasse a mim que nunca saí de lá. Como se já lá tivesse vivido e, chave na mão, abrisse a porta, com o desprendimento de sempre, depois de mais um dia de trabalho. Como se já lá tivesse trabalhado e a atravessasse de metro todos os dias, quando o dia nasce e quando morre. Como se fosse minha em passeios e conversas e repastos tardios de fim-de-semana ao sol.
Como se conhece, quando se conhece, o que é, tão diferente - incrivelmente, assustadoramente - do que não é.
Há uma cidade no mundo que conheço com o coração. Coisas de uma outra vida.
2 comentários:
Eu também conheço uma cidade com o coração. É para onde Ele vai, todas as semanas, e leva o meu coração junto ao Dele. E, mesmo tendo estado lá apenas umas escassas vezes de passagem, conheço bem todos os caminhos e todas as cores que se cruzam com ele.
E depois há aqueles sítios que vão ser sempre meus, a minha cara, os meus ideais, mesmo nunca ter ido lá. E Cabo Verde... ;)
Um beijinho*
Frida,
:*
Muitos!...
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