É jovem quem veste calças de ganga e sapatilhas. É jovem quem acaba o dia a desapertar a gravata para ver melhor o pôr-do-sol e as gaivotas.
É jovem quem come no Mac e simpatiza ya. É jovem quem vai ao cinema depois de jantar, no fim-de-semana, ou no fim-do-dia – qualquer dia.
É jovem quem masca pastilha elástica com a boca muito aberta e tem três telemóveis em cima de toda e qualquer mesa – um de cada rede. É jovem quem toma chá de menta e mata distâncias em caixas de fotografias.
É jovem quem combina saídas no MSN e tem de negociar as horas para chegar a casa. É jovem quem organiza, de surpresa, um serão entre amigos.
É jovem quem usa biquinis minúsculos e flores de plástico no cabelo. É jovem quem se deita na rede a pensar em flores. E borboletas. E joaninhas. E sapos.
É jovem quem não pensa e faz asneiras - as que pode e as que não pode. É jovem quem pensa que não pode fazer asneiras - e não as faz, umas vezes; e fá-las, outras tantas.
É jovem quem não mede palavras e despeja nessa sinceridade o coração. É jovem quem escreve poemas, quem canta - quem toca quem ouve.
É jovem quem ouve música alto e canta alto e pula, ainda mais alto!, em cima da cama ou do sofá. É jovem quem se enrola na mantinha para chorar saudades do futuro em livros e músicas e filmes.
É jovem quem ri desbragadamente e sorri com franqueza. É jovem quem ri com palavras – interjeições e advérbios e pronomes pessoais de segunda pessoa...–, e sorri com o olhar.
É jovem quem trabalha nas férias, aos fins-de-semana, parcialmente. É jovem quem não tem férias, nem fins-de-semana, se se entregar ao trabalho com paixão, completamente.
É jovem quem anda de autocarro e de comboio, um ramo de tulipas e os livros, uma baguette e chocolates debaixo do braço. É jovem quem anda de táxi e de avião, olhos abertos no relógio, fechados no ipod.
É jovem quem troca os compromissos pelo soninho bom da manhã. É jovem quer cumpre o prometido com sorrisos que não disfarçam o sono a pingar em cada palavra.
É jovem quem, atento aos ciclos da natureza, vive para as suas raízes. É jovem quem, atento aos mesmos ciclos, vive para os seus frutos.
É jovem quem tranca a porta do quarto – entrada proibida a pessoal estranho ao próprio. É jovem quem abre todas as portas e todas as janelas do tempo, de si, ao outro – estranho ao próprio.
É jovem quem espera cumprir-se e se distrai do caminho ao tropeçar em escolhos. É jovem quem espera cumprir-se sem se adiar, atravessando montanhas, voando sobre escarpas, incerto na partida, incerto na chegada, mas certo no caminho.
É jovem quem tem o coração dentro do peito, todo seu para guardar. É jovem que o não tem, quem tem no lugar do seu outro – para conservar.
É jovem quem espera o Amor com impaciência. É jovem quem já o encontrou e o vive, coração a arder.
É jovem quem o vê em todas as coisas. É jovem quem o vê na vida: nas coisas que o são e, muito especialmente, nas que não o são.
É jovem quem come no Mac e simpatiza ya. É jovem quem vai ao cinema depois de jantar, no fim-de-semana, ou no fim-do-dia – qualquer dia.
É jovem quem masca pastilha elástica com a boca muito aberta e tem três telemóveis em cima de toda e qualquer mesa – um de cada rede. É jovem quem toma chá de menta e mata distâncias em caixas de fotografias.
É jovem quem combina saídas no MSN e tem de negociar as horas para chegar a casa. É jovem quem organiza, de surpresa, um serão entre amigos.
É jovem quem usa biquinis minúsculos e flores de plástico no cabelo. É jovem quem se deita na rede a pensar em flores. E borboletas. E joaninhas. E sapos.
É jovem quem não pensa e faz asneiras - as que pode e as que não pode. É jovem quem pensa que não pode fazer asneiras - e não as faz, umas vezes; e fá-las, outras tantas.
É jovem quem não mede palavras e despeja nessa sinceridade o coração. É jovem quem escreve poemas, quem canta - quem toca quem ouve.
É jovem quem ouve música alto e canta alto e pula, ainda mais alto!, em cima da cama ou do sofá. É jovem quem se enrola na mantinha para chorar saudades do futuro em livros e músicas e filmes.
É jovem quem ri desbragadamente e sorri com franqueza. É jovem quem ri com palavras – interjeições e advérbios e pronomes pessoais de segunda pessoa...–, e sorri com o olhar.
É jovem quem trabalha nas férias, aos fins-de-semana, parcialmente. É jovem quem não tem férias, nem fins-de-semana, se se entregar ao trabalho com paixão, completamente.
É jovem quem anda de autocarro e de comboio, um ramo de tulipas e os livros, uma baguette e chocolates debaixo do braço. É jovem quem anda de táxi e de avião, olhos abertos no relógio, fechados no ipod.
É jovem quem troca os compromissos pelo soninho bom da manhã. É jovem quer cumpre o prometido com sorrisos que não disfarçam o sono a pingar em cada palavra.
É jovem quem, atento aos ciclos da natureza, vive para as suas raízes. É jovem quem, atento aos mesmos ciclos, vive para os seus frutos.
É jovem quem tranca a porta do quarto – entrada proibida a pessoal estranho ao próprio. É jovem quem abre todas as portas e todas as janelas do tempo, de si, ao outro – estranho ao próprio.
É jovem quem espera cumprir-se e se distrai do caminho ao tropeçar em escolhos. É jovem quem espera cumprir-se sem se adiar, atravessando montanhas, voando sobre escarpas, incerto na partida, incerto na chegada, mas certo no caminho.
É jovem quem tem o coração dentro do peito, todo seu para guardar. É jovem que o não tem, quem tem no lugar do seu outro – para conservar.
É jovem quem espera o Amor com impaciência. É jovem quem já o encontrou e o vive, coração a arder.
É jovem quem o vê em todas as coisas. É jovem quem o vê na vida: nas coisas que o são e, muito especialmente, nas que não o são.
13 comentários:
ai que eu sou tão jovem! :D
(saio daqui com um sorriso gigante, menina*)
...pois sim! Ser jovem é um estado de espírito!
Beijicos
Vanessa,
Sorriso gigante e liiiiiiiiiiiiiiindo como só tu! :D
Rosário,
Ora nem mais! Leste-me bem.
Jinhos a ambas.
Ser jovem é ter um coração jovem, que mexa, que sinta, que vibre, que chore, que ame, que expluda de felicidade, que voe, que não saiba nunca aterrar. É jovem quem não sente, lá dentro, nenhum vestígio dos anos que passaram.
Um beijinho*
Frida,
'É jovem quem não sente, lá dentro, nenhum vestígio dos anos que passaram.'
Mesmo. Mesmo. Mesmo. Quem os saiba soprar para longe: do coração, do olhar e das mãos. Mesmo.
É isso. :))))))))))))))))))))))))))))))))
Jinhos, querida Rita.
cada vez gosto mais do que escreves. Mente clara, observadora, com bolhinhas de uma calma efervescência.
Go on .
Comboio,
Ai, o que eu gosto dos teus comentários!
Will do.
Jinhos.
"É jovem quem se enrola na mantinha para chorar saudades do futuro em livros e músicas e filmes."
É jovem quem vê a vida hoje,e consegue sempre ver o futuro, sem preocupações terrenas.
Beijinho.*
Pedro,
Yep. Até porque, não nos enganemos, ver a vida hoje é ver o futuro. :)))))))))))))))))
Jinhos.
Gostei muito do texto. E fizeste uma jovem sorrir. :)
Sardinhola,
Um texto que cria sorrisos é uma espécie de terapêutica, não é? ;)
(Querendo ou sem querer, descobriste, sentindo na pele, o objectivo primeiro deste texto.)
Sorrio-te de volta com beijinhos.
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